sábado, 21 de agosto de 2010

[OFF] Perdendo a razão

Não é esse o objetivo geral, mas começo pela perda de razão.
Escolho esse princípio porque é tão raro para o meu ser me presentear com a perda de razão, que devo honrar esses vislumbres de irracionalidade com uma deferência especial. Digo até que com um brinde, e daqui a umas 2 horas, mais ou menos, é a isso que vou brindar.
Naquele momento em que estarei vestida com meu estado normal-conhecido entre os meus, arrazoada, rocha, blasé, secretamente estarei brindando ao meu eu primitivo, atordoado, ar, e que se apega em silêncio, ou pra todo mundo ver, depende.
Graças a esse eu, não sou uma perfeita sociopata. Me faz uma sociopata imperfeita, portanto, social.
Mas nada disso me faz louca. A minha loucura é irritantemente calculada e consciente, sinto muito. E muito prazer, se quiser me conhecer. E boa sorte.
Mas não confunda, não há esforço em me fazer soar insana, meu trabalho é pra ser anormal, viver sem padrão, sentir diferente, ver com um pouco de magia.
Pra você, o som da insanidade vai ser completamente diferente da realidade. A loucura real, você nunca vai descobrir. (A não ser que você venha a fazer parte de mim, caro leitor, e essas chances são mínimas) Mas, de novo, não confunda!
Meu eu extraordinário que você não vê e o esquisito que você vê, ainda que eu possa pensar que Deus sou eu, ainda que o tempo todo carreguem essa carga de linda confusão que me faz especial, ainda assim, não fujo da razão.
Eu sempre tenho razão.

E é por isso que esse espaço agora existe, e é por isso que esse primeiro contato brinda a falta de razão, porque ela é tão rara, tão extraordinária, que só ela justifica todo o resto. Todo o excesso de razão. E eu, cheia de razão.
Porque mesmo eu tendo sempre razão, às vezes eu perco a razão. E é lindo.

E escrevo isso tendo em mente um exemplo bizarro que racionalmente eu não vou revelar, e esse será nosso segredo. Minhas palavras. E meus sonhos. Meus momentos especiais aos quais dedico esse brinde. Cheers.

Conhecem o Jorge Vercilo? É um mala, eu sei. Mas até os malas, às vezes, tem seus momentos...

Um segredo e um amor
O que será maior em mim
O segredo desse amor
Não pode mais viver assim...
Se eu pudesse revelar
Os versos que eu te dediquei
Se eu pudesse te contar
Os sonhos todos que sonhei...
Se eu gritasse
Para o mundo ouvir
Até onde a voz pudesse ir
Eu não seria um sonhador
E nem mais um segredo
Meu amor!...

E isso, meus amigos, é a falta de razão de Chandra Lasserre. Mais que isso vocês não vão ter.